Descubra as causas, sintomas e opções de tratamento para espondilolistese, condição que afeta a coluna vertebral quando uma vértebra desliza sobre outra.
Como ortopedista especialista em cirurgias minimamente invasivas da coluna, tenho observado um aumento significativo nos casos de espondilolistese em minha prática clínica.
Esta condição, que se caracteriza pelo deslizamento anterior de uma vértebra sobre outra, representa um desafio particular devido à sua complexidade biomecânica e seu impacto na funcionalidade do paciente.
É uma condição que pode afetar pessoas de diferentes faixas etárias, desde adolescentes atletas até idosos, e suas manifestações clínicas variam consideravelmente entre os pacientes.
Neste artigo, irei mostrar em detalhes as causas, sintomas e abordagens terapêuticas disponíveis!
Quais são as causas e os tipos de espondilolistese?
A espondilolistese pode ter várias causas, dentre elas degenerativa, ístmica, traumática, displásica e patológica. Conheça abaixo um pouco mais de cada uma delas.
Degenerativa
É causada pelo processo de envelhecimento, quando existe o desgaste das articulações facetarias, afetando adultos acima dos 40 anos e idosos.
Ístmica
Geralmente acomete crianças e adolescentes devido a alguma má-formação congênita (de nascimento) ou lesões ocorridas na infância.
Traumática
Pode acontecer após acidentes ou quedas que resultam em traumas ou fraturas da coluna.
Displásica
É mais comum em adolescentes e adultos jovens. Costuma afetar a região lombar, entre as vértebras L5 e S1. Nesse caso, as vértebras não suportam o peso exercido sobre elas e acabam deslizando.
Patológica
Ocorre devido a alguma doença óssea, infecção ou tumor.
Conheça alguns sintomas
A espondilolistese pode causar deformidade gradativa da coluna lombar e, ainda, o estreitamento do canal vertebral (estenose do canal).
Então, quando essas situações ocorrem, pode surgir:
- Dor na lombar;
- Dor ciática
- Dor nas pernas
- Formigamento
- Encurtamento dos músculos posteriores da coxa
- Espasmos musculares leves;
- Perda de força e coordenação dos movimentos;
- Em casos graves, incapacidade para andar.
Portanto, apesar dos sintomas descritos acima, vários pacientes terão sintomas vagos e pouca deformidade visível, pois somente quando o deslizamento atinge proporção maior do que 50% que a deformação fica perceptível.
Descubra como é feito o diagnóstico
Para fazer o diagnóstico dessa condição, o ortopedista especialista em coluna realiza exames físicos e também exames de imagem como raio-X, tomografia e ressonância magnética.
Esses procedimentos mostram com eficácia o nível de deslizamento da vértebra e se existe compressão dos nervos.
Conheça os graus
A espondilolistese é dividida em cinco graus, de acordo com a gravidade do deslizamento (listese). Confira quais são:
- Grau I: deslizamento de até 25%
- Grau II: deslocamento de 25% a 50%
- Grau III: listese de 50% a 75%
- Grau IV: deslizamento de mais de 75%
- Grau V: quando existe o deslocamento completo da vértebra ocorre espondiloptose, o deslizamento chega a 100%.
Tratamentos que o ortopedista especialista em coluna pode indicar
O tratamento para a espondilolistese dependerá do tipo e do grau de deslocamento da vértebra, por exemplo.
Quando o deslizamento é menor que 50 graus, e não existem sinais de compressão dos nervos, o ortopedista costuma recomendar fisioterapia, exercícios para coluna, medicamentos, repouso, utilização de órteses, infiltrações e bloqueios espinhais, por exemplo.
O médico deverá recomendar um procedimento cirúrgico quando os tratamentos conservadores não conseguirem aliviar os sintomas ou se o nervo estiver comprimido.
Dicas de prevenção
Para prevenir a espondilolistese, é fundamental manter os músculos das costas fortalecidos, pois eles protegem e evitam a movimentação das vértebras.
Também é importante alongar frequentemente a região, pois ajuda no encaixe correto da coluna vertebral, melhorando a postura.
Conclusão
A espondilolistese é uma condição que requer atenção médica especializada e acompanhamento contínuo.
Embora possa representar um desafio significativo para os pacientes, as diversas opções de tratamento disponíveis – desde abordagens conservadoras até procedimentos cirúrgicos avançados – permitem um prognóstico favorável quando gerenciadas adequadamente.
O sucesso do tratamento depende fundamentalmente do diagnóstico precoce, da adesão do paciente às recomendações médicas e da escolha da estratégia terapêutica mais apropriada para cada caso.
Com os avanços constantes na medicina e técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, os pacientes têm hoje melhores perspectivas de recuperação e retorno às atividades diárias com qualidade de vida.
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