A rizotomia lombar por radiofrequência representa um importante avanço no tratamento da dor crônica lombar, especialmente quando relacionada à artrose das articulações.
Este procedimento minimamente invasivo, também conhecido como denervação facetária, surgiu como uma alternativa eficaz aos tratamentos convencionais para pacientes que apresentam dor lombar refratária ao tratamento conservador.
Como especialista em coluna vertebral, considero fundamental ressaltar que o sucesso do procedimento está intimamente ligado à correta identificação dos pacientes candidatos, à precisão técnica durante a execução e ao entendimento da anatomia neurovascular da região lombar.
Mas, como ainda existe bastante dúvida a respeito da rizotomia lombar por radiofrequência, preparei esse artigo para esclarecer todos os detalhes sobre o procedimento, o que é, como funciona e muitas outras informações!
O que é rizotomia lombar por radiofrequência?
A rizotomia lombar por radiofrequência é uma técnica minimamente invasiva, capaz de tratar um sintoma muito comum: a dor.
Também chamada de rizotomia percutânea, é um procedimento que consiste em desativar os nervos sensitivos que estão presentes nas articulações atingidas.
Ou seja, as articulações que são as responsáveis por levar ao cérebro a informação da dor.
Essa desativação pode acontecer de forma temporária ou permanente, dependendo de cada caso.
Em quais situações a rizotomia por radiofrequência é indicada?
A rizotomia lombar por radiofrequência é geralmente indicada para casos em que as demais intervenções não oferecem efeitos satisfatórios para o tratamento da dor.
Em várias situações, a razão da dor é por conta de uma inflamação na articulação facetária, isto é, articulações que conectam os ossos da parte posterior da coluna, cujo intuito é garantir estabilidade da espinha dorsal.
O procedimento é geralmente indicado nos seguintes casos:
- Dor lombar crônica com duração superior a 6 meses;
- Dor predominantemente axial/mecânica na região lombar;
- Falha do tratamento conservador por no mínimo 3-6 meses;
- Dor facetária comprovada clinicamente;
- Pacientes com dor limitante para atividades diárias.
Como funciona o procedimento?
A rizotomia lombar por radiofrequência é simples e rápida, onde o paciente recebe geralmente apenas anestesia local e sedativo.
Portanto, ele pode ficar acordado durante todo o procedimento.
O cirurgião introduz na pele uma agulha bem fina, com um eletrodo na ponta, o qual fica ligado ao aparelho de radioscopia.
É importante que o médico introduza o mais próximo possível da articulação que será tratada.
Em seguida, o aparelho indica a posição do nervo sensitivo que deve ser desativado. Assim que o médico consegue posicionar a agulha sobre ele, deve-se cauterizar o nervo por radiofrequência.
Contudo, ainda existe a possibilidade de fazer apenas a inativação da raiz nervosa, através de agentes químicos.
Nesse caso, chama-se de rizotomia química, onde o resultado dura por um certo tempo, sendo uma técnica é menos frequente.
Quais as vantagens da rizotomia por radiofrequência?
Como já mencionado, a rizotomia lombar por radiofrequência é um procedimento que visa tratar dor na coluna.
Por ser minimamente invasivo, oferece um risco de agressão aos tecidos do corpo ou infecção muito menores que as cirurgias tradicionais.
Além disso, praticamente não causa sangramento algum, o que também é uma grande vantagem.
Como é o pós-operatório da rizotomia lombar?
Costuma ser bem mais tranquilo, uma vez que o paciente é liberado por volta de 3 horas após a finalização do procedimento.
Mas, ainda que ele não precise de internação, pode ser necessário repouso, a depender da avaliação médica.
Na grande maioria das vezes, o paciente consegue voltar para a sua rotina normal em poucos dias.
No que se refere aos resultados, eles podem demorar algumas semanas para aparecer.
A rizotomia acaba com a dor lombar?
O principal intuito é o alívio da dor, de modo a melhorar a qualidade de vida do paciente, inclusive, a grande maioria das pessoas relatam uma melhora significativa com o procedimento.
No entanto, não há como garantir que a rizotomia irá eliminar 100% do desconforto, tampouco que o resultado irá durar para sempre.
Sendo assim, se porventura o paciente voltar a apresentar dores depois de algum tempo, o médico pode indicar repetir o procedimento ou recorrer a outra abordagem terapêutica.
Conclusão
A rizotomia lombar por radiofrequência representa uma opção terapêutica valiosa no controle da dor lombar crônica, desde que sejam respeitados criteriosamente seus parâmetros de indicação.
O sucesso do procedimento está diretamente relacionado à seleção adequada dos pacientes, sendo fundamental a observação de todos os critérios diagnósticos.
É importante ressaltar que este procedimento não deve ser considerado como primeira linha de tratamento, mas sim como uma alternativa após falha do tratamento conservador adequado.
A avaliação minuciosa das indicações, associada à expertise do profissional executante e à adequada seleção dos pacientes, resulta em taxas de sucesso significativas, proporcionando melhora da qualidade de vida e retorno às atividades cotidianas.
Se você mora em Goiânia e está considerando a rizotomia lombar por radiofrequência para tratar dores lombares, agende uma consulta conosco para avaliar a viabilidade ou não do procedimento.
Perguntas frequentes sobre rizotomia lombar por radiofrequência
Devido ao fato de ainda ser um procedimento que causa certas dúvidas nas pessoas, é necessário manter todos os questionamentos muito bem claros.
Assim, mantém o paciente muito mais preparado e seguro caso vá se submeter a esse tratamento.
Então, em relação às principais perguntas, citamos as seguintes:
Quanto tempo dura o efeito da rizotomia?
Depende de cada caso. O efeito pode durar de seis a doze meses, mas há pacientes que experimentam esse alívio por mais de 2 anos.
Quanto tempo de repouso após a rizotomia?
A necessidade de repouso varia apenas da avaliação médica. Então, é ele quem irá dizer o tempo necessário.
Entretanto, na grande maioria das vezes, os pacientes costumam voltar às suas rotinas em poucos dias.
Qual o risco de fazer uma rizotomia?
Existe um baixo risco de sangramento, lesão de nervos com fraqueza, infecção, dormência na pele da região lombar, dificuldade para urinar e reação alérgica aos medicamentos.
Qual a diferença entre rizotomia e infiltração?
A infiltração de coluna deve ser feita antes da rizotomia, a fim de averiguar se a inervação que está sendo bloqueada é a mesma responsável pela dor.
Qual a diferença entre bloqueio e rizotomia?
Os bloqueios de coluna são capazes de ajudar o médico a determinar os locais de dor. Mas, ainda que possam trazer alívio, são de curta duração. Já a rizotomia desnerva as facetas. Assim, promove uma analgesia mais duradoura.