A doença degenerativa do disco não é propriamente uma doença, mas uma condição degenerativa que, quando sintomática, provoca dor e afeta a qualidade de vida, limitando atividades essenciais como caminhar, deitar, sentar, dentre outras.
No entanto, essa condição pode requerer o cuidado de um profissional ortopédico de coluna, haja vista que pode progredir e se tornar mais grave.
Considerado um distúrbio comum, pois é consequência do envelhecimento, a degeneração discal afeta 35% de pessoas na faixa etária dos 20 aos 39 anos e cerca de 100% de idosos acima dos 60 anos.
Então, se você quer entender um pouco melhor a respeito da doença degenerativa do disco, basta continuar a sua leitura nos parágrafos seguintes.
O que é doença degenerativa?
Antes de qualquer coisa, é fundamental que você saiba o que é doença degenerativa, certo?
Doença degenerativa é um termo utilizado para descrever o processo de deterioração de tecidos ou órgãos em consequência do desgaste natural ao longo do tempo, envelhecimento ou fatores patológicos.
Essa deterioração pode afetar a estrutura e/ou a função do tecido ou órgão envolvido.
Na coluna vertebral, por exemplo, temos a doença degenerativa do disco, que é caracterizada pela perda progressiva da estrutura e função dos discos intervertebrais, levando a sintomas como dor e limitação de movimentos.
Diferentes órgãos e sistemas podem ser afetados por doenças degenerativas. Algumas outras doenças degenerativas conhecidas incluem:
- Doenças neurodegenerativas: Como a doença de Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nestes casos, ocorre a degeneração de células nervosas ou neurônios, resultando em comprometimento das funções cognitivas, motoras, entre outras.
- Osteoartrite: É uma doença degenerativa das articulações que leva à degradação da cartilagem e do osso adjacente.
- Degeneração macular: Afecta a retina e é uma das principais causas de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos.
É preciso notar que embora o envelhecimento seja um fator de risco para várias doenças degenerativas, nem todos os idosos desenvolverão essas condições.
Fatores genéticos, ambientais e estilo de vida também podem influenciar a susceptibilidade e progressão dessas doenças.
Mas, afinal, como reconhecer a doença degenerativa do disco?
Tida como uma “doença do envelhecimento”, a doença degenerativa do disco se caracteriza pelo desgaste dos discos da coluna, especialmente do núcleo pulposo.
Como se sabe, os discos intervertebrais funcionam como amortecedores de impacto, com o passar dos anos, o estresse repetitivo e os nossos movimentos diários provocam a “desidratação discal”, o que leva à doença degenerativa do disco.
Em um adulto saudável, cerca de 90% dos discos intervertebrais são compostos por água.
À medida que a idade vai chegando, essa quantidade vai reduzindo progressivamente, os tornando mais fino e diminuindo a distância entre cada uma das vértebras.
Assim, os discos vão perdendo a flexibilidade, a elasticidade e reduzindo a capacidade de absorver impactos.
Com o passar do tempo, o paciente pode desenvolver doenças como hérnia de disco, artrite ou estenose espinhal.
Diferente dos músculos, existe pouco suprimento de sangue para os discos, isso faz com que eles não tenham capacidade própria de regeneração.
Causas e grupo de risco da doença degenerativa do disco
Como já foi mencionado, a degeneração discal faz parte do processo natural do envelhecimento.
Porém, essa discopatia do disco ocorre mais rapidamente em pessoas obesas, fumantes e quem faz trabalho físico extenuante.
A doença degenerativa do disco também pode ser causada por uma lesão decorrente de uma queda, por exemplo, e como consequência de postura errada e movimentos inadequados ao longo dos anos.
A doença degenerativa do disco, também conhecida como doença degenerativa da coluna, é uma condição que se refere ao desgaste natural dos discos intervertebrais da coluna vertebral.
À medida que envelhecemos, esses discos podem perder sua flexibilidade, elasticidade e capacidade de absorção de choques.
A degeneração discal pode causar uma série de problemas, incluindo dor na coluna e limitação de movimentos.
Causas da doença degenerativa do disco
A degeneração discal é, em grande parte, um processo natural de envelhecimento.
No entanto, algumas causas são frequentemente associadas ao desenvolvimento e progressão da doença degenerativa da coluna, tais como:
- Envelhecimento: Com a idade, os discos intervertebrais naturalmente perdem seu conteúdo de água, tornando-os menos flexíveis e mais propensos a rompimentos ou fissuras.
- Lesões: Traumas ou lesões na coluna podem acelerar o processo de degeneração discal.
- Atividades repetitivas: Atividades que colocam estresse constante na coluna, como levantamento de peso ou posturas inadequadas, podem acelerar a degeneração discal.
- Genética: Algumas pessoas podem ter predisposição genética para a doença degenerativa da coluna.
Grupos de risco
Algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver a doença degenerativa do disco devido a fatores específicos, tais como:
- Idade: Indivíduos mais velhos são mais propensos devido ao processo natural de envelhecimento.
- Atividades laborais: Pessoas que realizam trabalhos fisicamente exigentes ou que envolvem movimentos repetitivos têm um risco maior.
- Obesidade: O excesso de peso pode exercer pressão adicional sobre os discos da coluna, levando a uma degeneração mais rápida.
- Fatores genéticos: A predisposição genética pode aumentar o risco de desenvolver a doença degenerativa da coluna.
- Tabagismo: O fumo pode reduzir o suprimento de sangue para os discos da coluna, acelerando a degeneração discal.
É essencial estar ciente dessas causas e fatores de risco para tomar medidas preventivas ou buscar tratamento adequado, caso os sintomas da doença degenerativa da coluna se manifestem.
Como reconhecer os sintomas de doença degenerativa do disco
A doença degenerativa do disco, quando sintomática, provoca dor, rigidez, dentre outros sintomas, pois eles surgem de acordo com a localização do disco intervertebral.
Por isso, apenas especialistas em doença degenerativa do disco são capazes de fazer a identificação com maior precisão.
Mas, para facilitar, abaixo iremos falar sobre os principais sintomas de acordo com a região afetada.
- Doença degenerativa do disco lombar: quando afeta a lombar, pode provocar problemas como estenose espinhal, dentre outros. Os sintomas mais comuns da degeneração discal na lombar são dor crônica que irradia para os quadris, nádegas e coxas, dificuldade para caminhar, formigamento e dormência nos membros inferiores.
- Doença degenerativa do disco cervical: quando localizada no disco cervical, a degeneração discal causa dor na região do pescoço que pode irradiar para os ombros, braços e, inclusive, chegar até as mãos. É possível haver também formigamento, dormência, fraqueza muscular, redução da sensibilidade em regiões específicas, redução do reflexo involuntário, etc.
- Doença degenerativa do disco torácico: é mais rara. Quando um indivíduo é acometido por ela, costuma sentir dores no tórax e abdômen. Isoladamente, esse tipo de degeneração discal não causa fraqueza muscular ou alteração na sensibilidade.
Como o ortopedista especialista em Coluna faz o diagnóstico?
Para fazer o diagnóstico de degeneração discal, o ortopedista especialista em coluna primeiramente faz um exame físico completo, dando atenção especial ao pescoço, às costas e às extremidades.
Durante o procedimento, o médico avalia a flexibilidade, a amplitude dos movimentos e sinais indicativos de que as raízes nervosas possam estar sendo prejudicadas em decorrência das mudanças degenerativas à sua volta.
Por isso, geralmente, o ortopedista especialista em coluna realiza teste de força dos músculos e reflexos.
Para diagnóstico assertivo, o especialista também pode solicitar exames adicionais como radiografia, ressonância e tomografia computadorizada.
O diagnóstico de doenças degenerativas da coluna, incluindo a doença degenerativa do disco, envolve uma combinação de avaliação clínica e testes diagnósticos.
O ortopedista especialista em coluna tem um papel crucial no reconhecimento e tratamento dessa condição. Abaixo, explicamos como esse especialista realiza o diagnóstico.
Avaliação clínica
Uma avaliação clínica detalhada é o primeiro passo no processo diagnóstico. Ela inclui:
- Anamnese: O médico coletará um histórico completo do paciente, incluindo a duração e natureza da dor, atividades que pioram ou aliviam a dor e qualquer histórico de lesões ou traumas.
- Exame físico: O especialista examinará a coluna do paciente, observando a postura, a amplitude de movimento e qualquer deformidade ou sensibilidade.
- Testes neurológicos: Estes podem ser realizados para avaliar a força muscular, reflexos e sensibilidade da pele.
Testes diagnósticos
Após a avaliação clínica, o ortopedista pode solicitar exames complementares para confirmar o diagnóstico e determinar a extensão da doença degenerativa na coluna.
Estes podem incluir:
- Raios-X: Uma imagem básica que pode mostrar redução no espaço entre os discos ou outros sinais de doenças degenerativas da coluna.
- Ressonância magnética (MRI): Fornece imagens detalhadas dos discos, nervos e outras estruturas da coluna, sendo particularmente útil para detectar doença degenerativa do disco.
- Tomografia computadorizada (CT): Pode ser utilizada para obter imagens transversais da coluna e é útil em casos onde a MRI não é apropriada.
- Discografia: Um procedimento médico para doença degenerativa do disco, onde um corante é injetado no disco para ajudar a identificar discos danificados.
Combinando a avaliação clínica com os resultados dos testes diagnósticos, o ortopedista especialista em coluna pode determinar a causa da dor e desenvolver um plano de tratamento apropriado para a doença degenerativa do disco e outras doenças degenerativas da coluna.
Cirurgia para doença degenerativa do disco é sempre necessário?
Não, a cirurgia para doença degenerativa do disco não é sempre necessária.
Na verdade, em muitos casos, os sintomas da doença degenerativa do disco podem ser tratados com abordagens conservadoras, como fisioterapia, medicamentos para a dor, e mudanças no estilo de vida.
A decisão de realizar uma cirurgia para doença degenerativa do disco geralmente é considerada quando os tratamentos conservadores não fornecem alívio satisfatório e quando a qualidade de vida do paciente é significativamente afetada.
É crucial que essa decisão seja tomada em conjunto com um ortopedista especialista em coluna, que avaliará a gravidade da condição e discutirá as melhores opções de tratamento disponíveis.
Quais tratamentos o ortopedista especialista em Coluna pode indicar?
O tratamento das doenças degenerativas da coluna vertebral, incluindo a doença degenerativa do disco, varia de acordo com a gravidade dos sintomas e as necessidades específicas do paciente.
O ortopedista especialista em coluna pode indicar uma gama de tratamentos, desde medidas conservadoras até intervenções cirúrgicas.
Tratamentos para doença degenerativa do disco conservadores
Essas são as primeiras linhas de tratamento que o médico pode sugerir para aliviar os sintomas e melhorar a função:
- Fisioterapia: Exercícios específicos para fortalecer os músculos da coluna e melhorar a flexibilidade podem ajudar a aliviar a dor e prevenir futuras complicações.
- Medicações: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), relaxantes musculares e analgésicos podem ser prescritos para aliviar a dor e a inflamação.
- Injeções: Injeções de corticoides ou anestésicos locais podem ser administradas diretamente na área afetada para aliviar a dor.
- Acupuntura e terapias manuais: Alguns pacientes encontram alívio por meio de práticas alternativas como acupuntura ou quiropraxia.
Autocuidados para doença degenerativa do disco
Além das abordagens de tratamento, o autocuidado é fundamental no manejo da doença. Algumas recomendações são:
- Manter uma postura adequada: Sentar-se e andar com a postura correta pode ajudar a aliviar e prevenir a dor.
- Exercitar-se regularmente: Atividades como caminhada, natação e yoga podem ser benéficas.
- Mantenha um peso saudável: A obesidade pode colocar pressão adicional nos discos da coluna.
- Evite levantar peso incorretamente: Ao levantar objetos pesados, é essencial usar as pernas e não as costas.
Intervenções cirúrgicas
Quando os tratamentos conservadores não são suficientes ou a doença progride, a cirurgia pode ser uma opção. Algumas opções cirúrgicas são as seguintes:
- Discectomia: Remoção de parte do disco intervertebral que pode estar pressionando um nervo.
- Fusão vertebral: Ligação permanente de duas ou mais vértebras para estabilizar a coluna.
- Artroplastia de disco: Substituição de um disco danificado por uma prótese artificial.
Independentemente do tratamento escolhido, é fundamental trabalhar em estreita colaboração com o ortopedista especialista em coluna para garantir o melhor resultado possível no manejo das doenças degenerativas da coluna vertebral.
Conclusão
Entender a doença degenerativa do disco é fundamental para identificar e tratar seus sintomas a tempo, garantindo uma vida mais ativa e saudável.
Essa condição, que afeta uma parcela significativa da população, é um lembrete da importância de cuidarmos de nossa saúde espinhal.
A degeneração discal pode progredir silenciosamente e afetar negativamente a nossa qualidade de vida, mas com a orientação certa, é possível minimizar seu impacto e até mesmo reverter alguns de seus efeitos.
Portanto, se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando sintomas relacionados à coluna, é vital buscar ajuda o quanto antes.
Em Goiânia, o apoio de um profissional ortopédico de coluna em Goiânia pode fazer toda a diferença no tratamento e manejo dessa condição.
Esse especialista possui o conhecimento e a experiência necessários para oferecer as melhores soluções, sejam elas conservadoras ou cirúrgicas.
Em última análise, a chave para lidar com a doença degenerativa do disco e outras condições espinhais é a prevenção, a consciência e a ação tempestiva.
Não deixe que a saúde da sua coluna seja deixada de lado; busque sempre a orientação e o cuidado especializado.
Perguntas Frequentes
u003cstrongu003eQuem deve ser consultado em caso de suspeita dessa condição?u003c/strongu003e
Um profissional ortopédico de coluna em Goiânia ou em qualquer outra localidade é o especialista indicado para avaliar, diagnosticar e tratar a doença degenerativa do disco.
u003cstrongu003eÉ possível prevenir a doença degenerativa do disco?u003c/strongu003e
Enquanto a degeneração é uma parte natural do envelhecimento, medidas como manter uma boa postura, realizar exercícios regularmente e evitar lesões podem ajudar a minimizar os riscos e sintomas.
Doença degenerativa da coluna tem cura?
A doença degenerativa da coluna tem cura? Não, a doença degenerativa da coluna não tem uma cura definitiva, pois está relacionada ao processo natural de envelhecimento. Entretanto, os sintomas podem ser gerenciados e aliviados por meio de tratamentos conservadores ou cirúrgicos.
Referências
spinal deformities the essential guide to management
Modern Management of Spinal Deformities