Se o seu laudo cita disco osteofitários C4 C5 C6 C7, significa que houve desgaste do disco com formação de osteófitos na coluna cervical média e baixa.
Esse quadro pode causar dor, formigamento, perda de força e, em casos avançados, sinais de compressão da medula.
Há tratamento, com etapas bem definidas, que vão de medidas conservadoras a cirurgias precisas quando necessário.
O que é o complexo disco-osteofitário
O complexo disco-osteofitário surge quando o disco perde altura e hidratação e o corpo cria “bicos de papagaio” para tentar estabilizar a articulação.
Em níveis C4-C5, C5-C6 e C6-C7, isso pode estreitar o forame por onde passa o nervo ou reduzir o espaço do canal.
Muitos laudos escrevem literalmente disco osteofitários C4 C5 C6 C7, indicando acometimento em sequência.
Disco osteofitários C4 C5 C6 C7: sintomas por nível
Os sinais variam conforme o nervo comprimido.
- Em C4-C5 (raiz C5): dor no ombro e parte lateral do braço, fraqueza para elevar o braço.
- Em C5-C6 (raiz C6): dor que segue para antebraço, polegar e indicador, possível queda da força de extensão do punho.
- Em C6-C7 (raiz C7): dor para o dedo médio, fraqueza do tríceps.
Quadros extensos de disco osteofitários C4 C5 C6 C7 podem somar sintomas.
Fique atento a sinais de mielopatia cervical: desequilíbrio ao andar, perda de destreza nas mãos, letra que piora, dificuldade com botões, choques no pescoço ao flexionar a cabeça. Esses achados pedem avaliação rápida.
Tem relação com hérnia de disco?
Sim. A hérnia é a saída do material do disco, já o complexo disco-osteofitário é a combinação de desgaste e osso novo que ocupa espaço.
As duas condições podem coexistir e somar compressão. Em laudos que listam disco osteofitários C4 C5 C6 C7, é comum ver também protrusões ou hérnias pequenas.
Diagnóstico e exames que fazem diferença
A avaliação clínica direciona o exame certo.
- A ressonância mostra disco, medula e nervos.
- A tomografia detalha o osso e quantifica os osteófitos.
- Radiografias em perfil dinâmico avaliam instabilidade.
Correlacionar achado com sintoma evita tratamentos desnecessários, mesmo quando o laudo traz disco osteofitários C4 C5 C6 C7.
Tratamento conservador: primeiro passo
Grande parte melhora com conduta clínica estruturada.
- Educação postural, pausa ativa no trabalho, sono regulado e redução de sobrecarga no treino ajudam.
- Analgésicos e anti-inflamatórios por curto período aliviam crises.
- Em dor neuropática, o médico pode indicar moduladores específicos.
- A fisioterapia foca em controle motor (flexores profundos do pescoço), estabilização escapular, mobilidade torácica e tração cervical supervisionada.
- Infiltrações guiadas por imagem (foraminais ou interlaminares) podem reduzir inflamação quando o progresso estagna.
Mesmo com o rótulo de disco osteofitários C4 C5 C6 C7, há alto potencial de resposta clínica com plano consistente por 6 a 12 semanas.
Quando operar a coluna cervical
A cirurgia entra em cena diante de mielopatia confirmada, déficit neurológico progressivo, dor incapacitante com correlação em imagem sem melhora após tratamento bem conduzido.
A decisão considera idade, nível ou níveis acometidos, alinhamento cervical e atividade do paciente.
Aposentadoria: quando o quadro dá direito ao benefício
O INSS pode conceder auxílio por incapacidade temporária ou aposentadoria por incapacidade permanente quando a limitação funcional é clara e persistente.
Para quem possui disco osteofitários C4 C5 C6 C7 com déficit neurológico e dor refratária, a documentação deve incluir laudo do especialista, exames que provem compressão, relatos de tratamento realizado e impacto no trabalho.
A perícia avalia nexo, carência e qualidade de segurado.
Prevenção: pequenas escolhas, grande impacto
Postura neutra ao celular, tela na altura dos olhos, travesseiro que mantém o pescoço alinhado, condicionamento físico regular e controle de peso reduzem a carga sobre a coluna.
Treinar com técnica e progressão segura protege contra novas crises.
FAQs
Disco osteofitários C4 C5 C6 C7 é sempre grave?
Nem sempre. Muitos casos respondem a fisioterapia, ajustes de rotina e medicação. É grave quando há sinais de mielopatia, fraqueza progressiva ou dor incapacitante sem resposta ao tratamento.
Como diferenciar disco-osteofitário de hérnia de disco?
A hérnia é o extravasamento do material do disco. O disco-osteofitário combina desgaste com osso novo que ocupa espaço. Os sintomas podem parecer, por isso a confirmação vem da ressonância e do exame físico.
Quais exames confirmam compressão em C4-C7?
Ressonância magnética mostra disco, nervo e medula. Tomografia detalha osteófitos. Radiografias dinâmicas avaliam alinhamento e instabilidade. A soma da clínica com a imagem guia o plano.
Quando a cirurgia é indicada no disco osteofitários C4 C5 C6 C7?
Com mielopatia, déficit que piora ou dor persistente após tratamento bem conduzido. A técnica depende do número de níveis, alinhamento e objetivo funcional do paciente.
Qual a melhor técnica, artrodese ou prótese?
Ambas têm papel. Prótese costuma ser opção em um ou dois níveis, sem instabilidade e sem artrose facetária importante. Artrodese é preferida em deformidade, osteofitose rígida e múltiplos níveis.
Quem tem direito a benefício no INSS?
Quem comprova incapacidade para o trabalho, com laudos, exames e histórico terapêutico completos. O tipo de benefício depende da duração e da gravidade da limitação.